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Cidades Sexta-feira, 24 de Junho de 2011, 12:29 - A | A

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Sexta-feira, 24 de Junho de 2011, 12h:29 - A | A

TRAGÉDIA NO SHOPPING

Advogado pretende entrar com ação contra Pantanal Shopping

Famílias alegam que a administração do estabelecimento não chamou o Samu para atendimento imediato

ALIANA F. CAMARGO
[email protected]

Mayke Toscano/Hipernotícias
Pais da adolescente Kesia de Souza, morta em tragédia, e o advogado Marcilon Angelos que entrará com ação na justiça contra o shopping

O advogado das famílias das vítimas da tragédia do Pantanal Shopping, Marcelon Angelos, entrará com ação por reparação de danos morais na Justiça comum contra a administração após o resultado do inquérito policial. A decisão foi comunicada durante entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (24), e contou com a presença de pais e parentes dos estudantes que morreram ao despencar do telhado.

Para os familiares, houve muitas contradições no procedimento utilizado para socorrer as vítimas. Segundo Grauciana de Souza, prima de Keisa de Siqueira, que morreu na hora, a administração do shopping limpou o local antes da perícia chegar e não foi chamado assistência imediata. “Pelas informações o acidente ocorreu às 11h30 e chamaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) depois de 1h30 do acontecido”.

“Temos certeza que houve demora no atendimento”, comentou Jhennifer Heinrich, cunhada de Marcelino Santos, outra vítima fatal do acidente. Outro ponto comentado por Jhennifer foi de que deram muita atenção para a estudante Keisa e deixaram outros estudantes a mercê de um antedimento imediato.

Jhennifer também disse que a família de marcelino está chocada com as informações passadas, segundo ela, pelos responsáveis do marketing do shopping de que se tratavam de vândalos que queriam ver filmes. “Marcelino era da igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e seu objetivo era fazer a missão (da igreja)”, comentou.

A pedagoga Doraci Maria de Siqueira e o motorista José Angelo de Souza, pais de Keisa de Souza, estão revoltados e querem que a justiça obrigue o shopping a dar mais segurança para os clientes. “Muitos pais deixam os filhos no shopping achando que vai ter segurança e acontece essa tragédia”, disse Doraci.

Mayke Toscano/Hipernotícias
Doraci de Siqueira, disse que a filha Keisa era tudo para ela

Keisa era filha única e frequentava a Igreja Batista, segundo a tia Ângela Guimarães, era uma das melhores alunas do Colégio Diretriz em Várzea Grande. 

Segundo os parentes o shopping deu assistência apenas para o funeral, porém não entrou mais em contato com os familiares das vitimas fatais para auxiliar com psicólogo.

O inquérito policial foi instaurado pela delegada Alexandra Campos Mensch Fachone, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), da Polícia Judiciária Civil.

O resultado do inquérito sairá em 30 dias e se necessário poderá ter prorrogação para mais 30 dias.

VERSÃO DE UMA DAS ADOLESCENTES

A jovem Natália Renata de 13 anos, estudante da Escola Couto Magalhães relatou um pouco da sua história com uma versão sem muita definição. “Estávamos no terminal e combinanos a ida ao shopping. Não foi nossa intenção de ver o cinema. Estávamos lá por curiosidade, para conhecer e achamos uma escada para subir, eu, Keisa e Camila. Tiramos fotos e tivemos dificuldades para descer. Mas não vimos nenhuma placa de perigo por lá”.

Natália não soube dizer quantos adolescentes se encontravam no local, mas pela dificuldade de sair da área, se afastou dos colegas. “Fomos eu e um outro menino para ver se existia uma outra saída, porque não conseguíamos descer pela escada. Foi quando ouvi um barulhão, foi quando eles caíram”, explicou.

A jovem não lembrava quantas pessoas estavam no local, mas diz que todos não calcularam os perigos que estavam correndo. “Víamos muitas fiações elétricas, mas não tinha nenhuma placa avisando de nada. Não sabíamos que não era permitido ir lá.”

O jovem Gustavo Oliveira, de 14 anos, também participaria da coletiva, mas teve que ir ao médico já que deverá passar por cirurgia para reconstituição de 3 dentes quebrados na queda. O garoto teve 21 pontos, 10 próximo a costela, 6 no queixo e 5 dentro da boca.

SAÍDA COMO LABIRINTO

Outro ponto levantado pelo advogado Marcelon Angelos foi de que a saída de emergência não está em conformidade para atender os clientes do shopping por se tratar de um labirinto. “Se tivesse um acidente maior para atender 200 pessoas, como seria? É um labirinto a saída de emergência, não tem grade de proteção”, informou. 

Grauciana de Souza também reafirmou a posição do advogado dizendo que a saída de emergência se trata de um labirinto e isso pode ter dificultado a saída dos adolescentes.

OUTRO LADO

O diretor de segurança do Corpo de Bombeiros, coronel Max Weber Ibner, informou que cerca de três semanas atrás o Pantanal Shopping passou por uma vistoria. Porém, irá se posicionar oficialmente após observar in loco a saída de emergência do shopping e como foi dada as circunstâncias da tragédia “É uma posição delicada e não posso me posicionar de forma não oficial. Estamos esperando um oficio da delegada que esta apurando o caso”, explicou.

Max Weber Ibner afirmou que pelo seu conhecimento o local acessado pelos estudantes é uma área restrita. “O local não era de uso comum (dos frequentadores do shopping)”, concluiu.

A direção do Pantanal Shopping foi procurada por telefone mas até o momento não retornou as ligações. 

 

 

 


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Mayke Toscano/Hipernotícias

Mayke Toscano/Hipernotícias

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Rodrigo 26/06/2011

No meu ver o shopping tem uma parcela de culpa do acidente, junto com as crianças, e também deve ser punido pela informação que passou à imprensa que os meninos queriam ir ao cinema sem pagar, que já foi desmentido, desrrespeitando as famílias e os mortos. Vamos deixar para a justiça resolver isso.

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angelita 25/06/2011

parabens pela reportagem , acho que vcs fizeram uma matéria transparente. Cadê o Walter Rabelho p/ ler essa matéria. Pois ele está julgando sem saber a verdade. Ele não tem bola de cristal.

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GRAUCIANE OLIVEIRA 25/06/2011

PARABENS. É ASSIM Q DEVERIA TER SIDO COLOCADO NA IMPRESSA DESDE A PRIMEIRA VEZ ESTA TRAGEDIA PARA NÃO SEREM INTERPRETADOS COMO MARGINAIS.

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ana carolina 24/06/2011

Acredito que nessa história nao existe culpado, quando perdemos uma pessoa da família em uma tragédia, tentamos nos confortar de todas as formas, procurar justificativas, achar culpados, nao tenho dúvida que o shopping não foi negligente, afinal não estamos tratando de crianças, e sim de adolescentes, já fomos adolescentes, nessa fase da vida, somos curiosos, gostamos de aventura, aquela não era hora de estar no shopping, aquele não é área comun dos usuários, se eles são tão inocentes e vítimas, para o shopping ser responsável pelo acontecido, os pais também são responsáveis por não saberem onde seus filhos estão andando, nada trará os filhos de volta, a realidade da situaçao é uma só, o shopping nao é responsavel pelo acontecido, nem os pais que sao responsaveis pelos de menores, tambem achavam que os filhos estavam na escola estudando.

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cira araujo 24/06/2011

parabens pela materia, vc foram um gde profissional.

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5 comentários

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